SE A POESIA FOR PECADO
Bebo até passar a fome
Até esquecer meu nome
e o lugar no qual estou
Consumo o que me consome
pois, o mal que me carcome
por dentro, se enraizou
Não tenho medo da morte
Morrer é um golpe de sorte
pro que, em vida, só penou
Que a morte, pois, me conforte
ou, que após ela, eu suporte
a sina . . . de quem pecou!
Se for pecado a poesia
como eu me defenderia?
Vivi sempre a versejar. . .
Deus! Jesus! Santa Maria!
Se eu pequei, foi por mania
de ser quem sou. . . e sonhar.
PAULO MIRANDA BARRETO
Direitos Reservados